terça-feira, 17 de maio de 2011

Até 2030, norte e nordeste de MG corre o risco de virar deserto

142 municípios da região norte de Minas Gerais e dos vales de Mucuri e Jequitinhonha - ou seja, o equivalente a um terço do território mineiro - poderão se transformar em verdadeiros desertos, até 2030, por conta das práticas de desmatamento, monocultura e pecuária intensiva que ocorrem na região e que estão agravando as consequências das mudanças climáticas

A conclusão é de estudo realizado pelo Idene - Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais, a pedido do MMA - Ministério do Meio Ambiente, e apresentado à sociedade durante a Semana Nacional da Caatinga.

A data de divulgação do estudo - que foi concluído em março deste ano - foi escolhida propositalmente, já que a porção do território mineiro que corre risco de ser vítima da desertificação engloba parte da Caatinga e, também, dos biomas Cerrado e Mata Atlântica

Segundo o estudo, além de ameaçar a biodiversidade local, a desertificação comprometerá o uso econômico e social das terras mineiras, prejudicando 20% da população do Estado e obrigando cerca de 2,2 milhões de pessoas a deixarem suas casas. 

O MMA encomendou a pesquisa para mapear as iniciativas que farão parte do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação: iniciativa do governo que pretende destinar, neste ano, R$ 6 milhões para combater a desertificação no país. No entanto, com base nas conclusões do estudo e nas estimativas do governo mineiro, para tentar solucionar o problema, apenas no Estado de Minas Gerais, será necessário investir R$ 1,3 bilhão, em ações de recuperação de recursos hídricos e de aumento de reservas naturais de vegetação. 



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